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Coritiba
(Coxa branca)
Fundação: 12/10/1909

Em 12 de outubro de 1909, um grupo de jovens curitibanos convidados a jogar com uma equipe que vinha de Ponta Grossa resolveu criar seu próprio time. O registro oficial da fundação do novo clube, que ganhou o nome de Coritibano Foot-Ball Club, seria feito poucos meses depois, em 30 de janeiro de 1910. Mas, por ideia de João Viana Seiler, eleito o primeiro presidente do clube, a fundação do time ficou com a data daquele 12 de outubro.

O primeiro estatuto do clube definiu que o Coritibano passaria a se chamar Coritiba (na época, a grafia da cidade tinha duas formas: Coritiba, do modo europeu, e Curityba, em tupi-guarani). Como se sabe, a opção foi por Coritiba e, mesmo tempos depois, com a unificação da grafia e com a cidade passando a se chamar Curitiba, o clube escolheu permanecer com seu nome tradicional.  

Mas a torcida do Coritiba é mesmo conhecida como coxa branca. O apelido surgiu em um clássico nervoso contra o Atlético. Era a decisão do Regional de 1941, e um dirigente do clube adversário gritou: “Alemão... quinta coluna... coxa branca!”. As provocações eram destinadas ao zagueiro alemão do Coritiba, Hans Egon Breyer, que se agigantava em campo e ajudava o time a vencer por 3 a 1. Daí em diante, o termo ― que era para ser pejorativo ― passou a ser entoado com toda a força nos estádios onde joga o Coritiba.

Breyer virou lenda e até hoje é um dos grandes ídolos do clube. O zagueiro morreu em 2001 e sua lápide estampa, depois de seu nome, a inscrição “O coxa branca”. Ao lado dele figuram na trajetória do time talentos como o de Rei que, de gandula preguiçoso, tornou-se goleiro do Coritiba. Primeiro goleiro paranaense a jogar pela seleção brasileira, Rei fechou o gol em seu primeiro jogo, simplesmente um Atletiba na Baixada, em que os coxas venceram por 1 a 0.

Entre os ídolos do clube também está Neno, artilheiro dos quatro primeiros campeonatos disputados com a camisa do coxa, um pesadelo para os zagueiros adversários. Ninguém o impedia de chutar a gol. Moacyr Gonçalves, o primeiro negro a atuar e a dirigir um time da capital paranaense. Kruguer, o Flecha Loira, que era tão rápido que ficou à beira da morte após uma trombada com um goleiro adversário. Sobreviveu e foi campeão diversas vezes pelo clube. Duílio, o maior goleador do clube e do campeonato do Paraná. Jairo Pantera, o jogador que mais vezes vestiu a camisa do clube.

Recentemente, o Coritiba lançou um menino que parecia lento, desligado da partida, mas que se tornou uma das maiores revelações do clube em todos os tempos. Seu nome? Alex. Coxa branca desde menino, retornou ao clube do coração depois de jogar na Europa por 15 anos. Em 1999, o Coritiba voltou a ser campeão após um jejum de nove anos. Um dos responsáveis pela conquista, e que também se tornaria ídolo do time, foi Cléber Arado, que fugiu da concentração do rival para assinar com o coxa. São muitas histórias, ídolos e títulos. O principal deles foi a épica final contra o Bangu no Maracanã, em 1985, quando o coxa bateu a equipe carioca e levou o título de campeão brasileiro para o Paraná. A maior glória do Estado até então.

palco
Site oficial do Coritiba (www.coritiba.com.br)

Anos após sua fundação, o Coritiba iniciou um plano de investimento patrimonial que não demoraria a vingar. Foi assim que conseguiu o primeiro campo para treinar e para mandar seus jogos e, em seguida, outro terreno com empréstimo da Caixa, no valor de 120 mil contos de réis. Neste terreno foi construído o primeiro estádio do Coritiba, o Belfort Duarte, inaugurado em 20 de novembro de 1932, perfeito para os padrões da época, mas que não acompanhou o crescimento desenfreado do clube e de sua torcida.

Em 1956, o presidente Aryon Cornelsen, ambicioso e com visão privilegiada de como realizar grandes negócios, idealizou um novo palco. Aos poucos, a antiga casa foi sendo derrubada para dar lugar e forma ao novo estádio. Durante a construção daquele que seria um dos maiores estádios do Brasil, o dirigente foi bastante criticado pelo tamanho faraônico da obra. Mas Aryon continuou firme em seu propósito e, anos mais tarde, mesmo fora da presidência, voltou ao clube para a conclusão de seu sonho. O estádio ganharia o nome de Major Antônio Couto Pereira, outro personagem que deu a vida pelo coxa branca e que comprou o terreno onde está o Gigante de Concreto Armado.

A primeira fase do novo estádio foi inaugurada em 12 de outubro de 1958. Alguns problemas aconteceram no meio do caminho, como a queda de uma das marquises do estádio em 1968, mas tudo foi refeito e hoje o Couto Pereira é um dos melhores estádios do Brasil e orgulho da torcida coxa branca.





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