Com Michels no banco e Cruijff no campo, a década de setenta viu o Ajax tornar-se a potência dominante do futebol europeu. Era mais que uma equipe, era “A equipe”, um manifesto artístico.
O time que começava na segurança de Stuy e na muralha constituída por Blakenburg e Hulshoff. Os laterais Suurbier e o magnífico Krol davam profundidade à equipe, enquanto o meio campo composto habitualmente por Haan, Mutren e Neeskens, mantinha a posse de bola, no ataque apareciam os letais Swart, Keizer e Cruijff.
Tanto sob as ordens de Michels, ou mais tarde de Kovacs, o Ajax dos anos sessenta foi como um meteoro que cruzou a Europa do futebol, virando do avesso velhos conceitos e alterando totalmente a ordem natural das coisas. Depois do futebol total dos holandeses, o esporte nunca mais voltaria a ser o mesmo.
Foram três títulos europeus seguidos e um legado que vive até hoje, no Ajax, no Barcelona e em tantos outros grandes times.
Texto: Felipe Mendonça
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